Que estreias de campeonatos são sempre complicadas, ninguém discorda. Porém, a da Associação Atlética Ponte Preta passou dos limites... Enfrentando o competitivo Paraná Clube pelo Grupo B, a “Macaca Campineira” sentiu a dificuldade de jogar o torneio mais inchado e nivelado entre clubes da categoria-de-base no Brasil, a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Uma competição bastante conhecida pelos mais velhos aficionados pelo clube, afinal, é a agremiação do interior nacional que detém mais títulos dela: um bi-campeonato em 81/82.
Nesta quarta-feira, o colunista do Loucos pelo Interior, Gui Giuliani, marcou presença no pequenino – mas simpático - Estádio José Pereira em Sumaré, para inaugurar o ano futebolístico do Blog. “Premiado” com um forte calor somado a alguns lampejos de chuva, conseguiu captar como é levada a sério a competição por parte dos torcedores de cada cidade-sede. Na primeira partida da rodada dupla, triunfo dos donos da casa sobre o pernambucano Porto de Caruaru. A disputa que prometia um equilíbrio maior viria logo após, no jogo de fundo.
O futebol sumareense ainda "engatinha", no entanto sua população já comparece em peso ao estádio
A torcida ponte-pretana, sempre presente, viu o primeiro tempo “espalhada” pelas arquibancadas de poucos degraus. Viram também muita marcação por parte das duas equipes, poucas finalizações e várias faltas. Não demorou muito e as cobranças ao time alvinegro de Campinas começaram a surgir, da mesma forma que as lamentações pela fama da Macaca na “Copinha”.
- Desse jeito não dá. Eu vi a Ponte ser bicampeã desta taça na década de 80 e vivemos um longo jejum desde então. A molecada precisa honrar esta camisa que possui 111 anos de existência! – exclamava inconformado um senhor da Torcida Jovem.
Jogada ofensiva do time campineiro começa no meio-de-campo
Atleta do Paraná Clube tenta roubar a bola. Zaga da Macaca foi bem no primeiro tempo
Na segunda etapa do confronto, o técnico Nei Júnior colocou em campo a mais recente joia do futebol campineiro: o menino Matheus Olavo, de apenas 16 anos de idade. A Ponte Preta resolveu não esperar mais a Gralha Azul chegar, decidindo então arriscar jogadas em profundidade. O preço pago pelo ato aconteceu aos 17 minutos, quando Marquinhos abriu o marcador para o time paranista. Perdendo e vendo suas chances de classificação diminuirem (devemos sempre lembrar que no novo regulamento do certame, avançam seguramente apenas os primeiros colocados de cada uma das 23 chaves e os melhores 2º colocados por índice técnico), o desespero tomou conta da fanática torcida - neste momento, mais volumosa. A pressão natural motivou o time alvinegro a tentar o gol de empate.
O árbitro autoriza e a alvinegra tenta o empate na cobrança de falta
Ao término do duelo, o empate ficou de bom tamanho para a Ponte Preta
Seguidas tentativas e muita paciência foram decisivas para que a Ponte chegasse à igualdade no placar, justamente nos últimos cinco minutos de jogo: Valdemir aos 42 minutos deixou sua marca. Até o final, o Paraná ainda desperdiçou uma ótima oportunidade, salva pelo arqueiro Roberto. O resultado, aprovado por uns (como pelo auxiliar de preparação física, Thiago Vegetti, por exemplo, que nos concedeu uma rápida entrevista, cuja qual os leitores poderão acompanhar logo abaixo das fotos) e reprovado por outros, deixou ambos empatados em segundo lugar no grupo.
Este foi apenas o começo deste emocionante campeonato de juniores. No próximo final de semana, tem mais postagem da Copa SP 2011 com o grupo U em destaque. Torcedores de Paulínia e Rio Preto, não percam!
Até a próxima!
Blog Loucos pelo Interior
Faixa e bandeira da organizada Jovem Ponte
Mesmo em um número relativamente pequeno, os torcedores apoiaram e cobraram o tempo todo
Bate-papo com o auxiliar de preparação física da Ponte Preta sub-18, Thiago Vergetti
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